domingo, 31 de julho de 2011

Grito

Quando nas veias em vez de sangue se tem porcaria
Uma garrafa amiga,e uma seringa.
Obstruem ,volumosamente os nervos
De aço meu peito explode toxina!

Quando nas asas desse vôo me perco.
No começo do fim trágico,
Tragédia tal qual Julieta e Romeu
No fim, sou eu quem morreu!

Quando na discrepância do destino.
Segue o rato o menino.
Na batalha da lei fugitiva,
Minha válvula de escape é o grito!

Traz o sentindo a tona.
Quando na noite cai víbora.
Meu manto, minha lona.
No olhar de um cão faminto!

Surro minhas roupas batidas.
Minhas falas são de um artista.
E as questões são todas relativas,
Na presença de uma linda menina.

Prende-se por prazer e dor.
Na volúpia da destreza,
A canalhice sem pudor.
Do homem arrependido.

Vivo o que é morto,
Na altura da minha cama.
Quebro as barreiras.
E o coração inflama.

Derramo o sugo envenenado.
Deleito na noite adentro,
Julgo-me ferido dentro.
E na vida condenado!

Cale-se impiedosamente diante do filho.
E ajoelhe-se diante do pai.
Respeite o melhor do frio.
E saiba que no inferno cai.

Ate as mãos e pegue as vendas.
Um chicote e a castidade.
De inocente morreu velha!
Ignorância, sua vaidade.

Cuspo na cara da tristeza.
E de vergonha insana me detesto!
Cuspo na cara da tristeza.
E nela me fortaleço.

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